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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Hoje olhei para ti, mãe.

Hoje olhei para ti, mãe.
Queria prolongar o momento.
Queria abraçar-te outra vez
e esquecer-me do resto.

Lembras-te?
Quando eras tu
que me seguravas no colo,
depois pela mão,
depois davas conselhos,
depois ralhavas, porque eu não queria saber.

Tenho saudades mãe.
Apesar de estares aqui.
Apesar de poder ainda olhar para ti.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai as mães... A minha mãe foi pai e mãe ao mesmo tempo, sozinha criou-me a mim e ao meu irmão. Gostava de ser mais carinhosa e dizer-lhe o quanto gosto e me preocupo com ela mas infelizmente não somos uma família de muitos beijinhos e abraços, não fomos habituados a isso. Discuto imenso com ela, às vezes chego a pensar que não nos podemos falar mesmo por chocamos tal maneira... mesmo assim brindei-a com um poema no meu livro que partilho aqui contigo, se me permites.

Mãe

A minha mãe é uma estrela que caiu do céu
É pai e mãe ao mesmo tempo
Embora ás vezes nos dêmos mal
É bom relembrar que tudo não passou de um contratempo.

Preocupo-me com ela mais do que comigo
Ela é uma Cinderela
Que deixou o sapatinho perdido

Veio do céu para me dar vida
Assim lhe agradeço
É um exemplo de mulher
Igual a ela não conheço

Não gosto de ser lamechas
Mas uma coisa não posso negar
Eu gosto muito dela
E há-de quem não acreditar!

Direitos reservados ao autor Ana Santos

Beijinhos
Ana Santos

Jovita Capitão disse...

Ana, obrigada pelo teu comentário. Principalmente pela tua coragem em expores aqui a tua história enquanto filha. Gostei do teu poema. Transmites emoção. Por vezes as famílias não são perfeitas, nem da forma como queremos. Mas as mães, são sempre nossas e não há nada que mude isso. Agradeço-te bastante por teres tido a vontade de parar aqui e de comentar o meu poema. Escrevi-o num mar de emoções e de saudade.

Beijinho.
Jovita Capitão.