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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O homem do chapéu preto ( Uma possível história de amor)

O homem do chapéu preto caminhava a passo curto. Devagar se arrastava, na mão apenas ostentava o seu jornal. Este, antigo, amarelado devido ao passar dos anos, não trazia nem sequer uma novidade. As notícias eram as mesmas, as letras desbotadas que não proferiam nada de novo. O velho, sentou-se no primeiro banco de jardim que encontrou. Estava cansado, apesar da sua breve caminhada, ser de um banco para o outro. Abriu o seu exemplar "Diário de Notícias" de 1976 e fingiu ler. Por trás dos óculos, de rachadas lentes, percebia-se um lampejo de tristeza, que transparecia a toda a gente. Porém, nem se mexia. Atrás do velho jornal, fingia ler.
Do outro lado da rua, vivia a Dona Teresa. Ela tinha pena do velho. Também ela, doente e cansada passava os dias numa pasmaceira, fingindo estender a roupa. Ao lado da janela uma estranha macieira de tronco grosso, perfilava. Ela não fazia ideia do que fazia. Passava o dia assim, olhando a agitação da rua. A roupa, desbotada do sol, continuava no mesmo lugar desde 1976. Alfredo, como se chamava o nosso homem, e Teresa, a vizinha da frente, passavam os dias nesta monotonia. Ele num banco do jardim, ela à janela. 



Qual será o desfecho desta história? Conseguem imaginar? Este é apenas um pequeno excerto daquilo que realmente escrevi. Num próximo post, continuo a mesma. Continuem desse lado!



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Num olhar, me levaste!

Sonhei contigo.
Estavas no centro de tudo.
Estavas quedo e mudo.
Olhaste para mim.

Acordaste-me a alma.
E eu, com pura calma
segurei a tua mão.
Olhaste-me assim.

Sorriste.
E dali não partiste.
Fiquei apenas à espera
se me abraçavas ou não.

Num momento de trégua.
Aproximaste-te uma légua
e o meu rosto fixaste.
Num olhar, me levaste
para o teu coração.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Sem máscara!

Quando a máscara cai
não sobrevive à visão
daquele que por aí vai
para fazer um figurão.

É pura desilusão.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.



Cresci

Já tive más atitudes.
Mas só hoje entendi
que não era ninguém
na altura em que as concebi.

Acho que entretanto cresci.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Agitando o mundo

Acorda!
Sim, tu.
Levanta-se e vai.
Sê tu próprio
e encontra o teu caminho.
Segue o teu próprio destino.
Construindo passo a passo
a vida que tanto desejas.
Sim! O destino é construído por ti
Se nada fizeres, mais ninguém o fará.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O verdadeiro sucesso

Estamos a meio do mês e eu suspiro em busca dos resultados. Neste mundo competitivo temos de estar preparados para o que der e vier. No entanto, não me surpreendo do facto de saber que o processo pode ser mais lento do que aquilo que necessito. Tudo acontece na altura certa. Tudo é perfeito dentro da imperfeição que nos é atribuída. Procuro descobrir ainda mais sobre mim. E vou até ao fim nesta busca pessoal de superação, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Não desisto dos meus sonhos. Sei que digo isto uma centena de vezes por dia e nunca me canso de o dizer. Os nossos objectivos só se conseguem com muito esforço e dedicação. E quem diz o contrário, ou está a mentir, ou não tem noção do verdadeiro sucesso. O verdadeiro sucesso é quando sabemos que aquilo que fazemos serve para melhorar a nossa vida, mas também daqueles que nos rodeiam. Esta necessidade de superação, é mais do que apenas a concretização de objectivos que escrevemos num papel qualquer. Trata-se da realização de sonhos, muita vezes esquecidos numa gaveta e que são relembrados face à esperança que nos aparece de repente no caminho. O verdadeiro sucesso é sabermos que acrescentamos valor à nossa vida. Valor esse que muito pouco tem a ver com o facto de termos mais dinheiro ou menos. Valor, no sentido de sermos melhores pessoas pela aprendizagem que nos é conferida pelos outros. Valor, porque conseguimos ajudar alguém da nossa família, um amigo, ou mesmo um simples desconhecido. Valor, porque mudamos para melhor a vida de alguém e essa pessoa reconhece tal facto. Esse é o verdadeiro sucesso. A satisfação, o sentimento de realização, a alegria de viver.