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terça-feira, 26 de maio de 2015

Eu e Tu

Soletra devagar o meu  nome.
Sobre as letras, coloca perfume
Entoa melodias qual costume
e esquece qualquer azedume.

Triunfa sobre ti próprio
Esquece qualquer estereótipo
Abraça-me com olhos de ver
e diz-me o que para mim queres ser.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Somos Atletas!

Vou contar-vos uma história.

O João adorava correr. Um dia sonhou tornar-se Atleta de Alta Competição. Mas ele tinha um problema. Uma doença degenerativa nos ossos impedia-o de concretizar o seu sonho. No entanto, todos os dias depois das aulas treinava como podia. Começou por andar 100 metros por dia até se sentir cansado. Quando parava, descansava durante cinco minutos e depois continuava. Os colegas gozavam com ele por ser diferente. Isso deixava-o muito triste. 

Certo dia, ele decidiu superar o problema físico e desafiou-se a fazer mais quilómetros. Passou para os 200, depois para os 300, depois para os 400 e depois começou a correr bem devagar. Era pouco, mas era aquilo que mais o aproximava do seu objectivo.

O tempo passou e o João passou a dedicar uma boa parte do tempo a treinar para uma competição imaginária consigo mesmo. Os outros, continuavam a vê-lo sozinho, a correr, mas feliz. Começaram a ficar intrigados com a persistência dele.

Assim, enquanto os outros passeavam, comiam, dormiam,... o João corria. E cada dia a superação era maior. Podemos imaginar, quanta satisfação pessoal!

Apesar da felicidade que sentia, a doença não costuma perdoar. João piorou e teve de parar de correr durante uns tempos.

Deitado numa cama de Hospital, desejava sair dali, andar, correr, ser como toda a gente! Bem, ser como toda a gente não. Ele desejava ir mais além. 

Desanimado, o João, pensou que nunca seria capaz de realizar o seu sonho. Nessa noite nem dormiu. 

Na cama ao lado, estava uma menina de olhos azul céu. Também ela estava doente. E também ela tinha um sonho. Queria voar! Por isso é que estava internada. Lembrou-se de saltar da varanda para sentir a Liberdade de poder voar. 

-És doida!- Tinha-lhe dito o João. Mas no fundo entendia-a. Também ele desejava sentir a liberdade das caminhadas que fazia. Sentir o vento nos cabelos enquanto corria.

Um dia ainda vamos voar juntos! -  Dizia a pequena Joana, cujas lágrimas corriam cara abaixo como duas gotas de água, tão azuis como o próprio céu. 

Anos mais tarde...

Era verão. Estava um sol quente e uma tarde feliz. O João preparava-se para embarcar no vôo das 17.30h para Berlim. Chegada a hora, entrou no aparelho e procurou um lugar para se sentar. E foi junto à janela, observando a liberdade das aves que sentiu a mão da Joana. 

- Olá! Lembras-te de mim?

Olharam-se profundamente e sorriram um para o outro como se aquele avião estivesse vazio. Tinham passado 12 anos desde que se tinham conhecido no Hospital. João viajava para Berlim, para uma corrida de alta competição. Joana, tinha concretizado o sonho de voar, tendo sido aceite para trabalhar numa companhia aérea. 

Como é que os nossos amigos conseguiram concretizar os seus sonhos? Bem, vamos recuar uns anos na história.

Joana, depois daquele susto, nunca mais saltou da varanda, para descanso dos pais. No entanto, todos os dias olhava para o céu e desejava partilhar esse espaço com as aves que esvoaçavam em plena liberdade. Decidida, assim que pôde enfiou-se num curso de ciências aeronáuticas, já que isso a aproximava do seu objectivo. Terminou o curso e teve a sorte de conseguir estagiar numa companhia aérea Alemã. Esteve nesse lugar 6 meses e como gostaram do trabalho dela, acabou por ficar na empresa. 

O João, depois daquela paragem hospitalar, começou a praticar desporto por recomendação médica. Recomendaram-lhe um Ginásio perto de casa, onde todos os dias era assistido por um médico competente. Aos poucos começou a sentir-se melhor. Durante todo aquele tempo dedicou-se aos treinos, sem faltar. Ao mesmo tempo, procurou fazer uma alimentação equilibrada e procurou a ajuda de suplementos nutricionais 100% naturais para o ajudar a recuperar em caso de lesão. 

Agora, João e Joana voltaram a encontrar-se de forma insólita. Duas pessoas com sonhos diferentes, que se sentiam iguais porque tinham superado as dificuldades e concretizado sonhos antigos. Imaginem quanta felicidade sentiram ambos ao se reencontrarem! Conseguem imaginar este sentimento bom de superação?

- Somos Atletas! - Tinha dito o João.

(Continua...)