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sábado, 20 de setembro de 2014

Amor por "encomenda"!

O respeito pelo próximo
passa por aceitar as ideias
e as diferenças alheias
que possamos não entender.

Nunca vamos ser felizes
se quisermos mandar nos outros
agindo a nosso belo prazer.

Criamos expectativas
que não são superadas.
Depois admiramos-nos
por ver tantas portas fechadas.

O amor é a única chave
que pode muros derrubar.
Acreditem, é de graça.
Todos podem encomendar!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A chuva e as Rosas

Uma chuva copiosa
disparou como uma prosa.
Atravessando o vazio.
Criando um pequeno rio.

Da prosa, fez-se rosa.
Da rosa, fez-se um roseiral.
O rio depressa se fez mar.
E no meio do vendaval
fazia um frio de rachar.

Corri com toda a pressa
na esperança de me abrigar.
Agachei-me por entre as rosas
só para não me molhar.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Quedo, abraçaste o meu olhar!

Percorri os campos a correr.
Segui em frente só para te ver.
Sorri sozinha por te encontrar.
Quedo, abraçaste o meu olhar.

Contemplei o pleno céu azul
que derramava lágrimas de mar.
Sorri sozinha por te encontrar.
Quedo, abraçaste o meu olhar.

Segurei a tua mão na minha.
Juntos entrelaçamos um abraço
Sorri sozinha por te encontrar.
Quedo, abraçaste o meu olhar.

Jurei com amor por mim e por ti
que esperaria por cada momento.
Sorri sozinha por te encontrar
Quedo, abraçaste o meu olhar.

Banhei-me de esperança ao chegar.
Lancei sorrisos junto ao mar.
Sorri sozinha por te encontrar.
Quedo, abraçaste o meu olhar.

Segui o meu caminho, feliz
por saber que o amor existe.
Sorri sozinha por te encontrar
Quedo, abraçaste o meu olhar.

E assim fizeste-me sonhar.
Quedo, abraçaste o meu olhar.
Nos teus braços quero descansar
Espero contigo jamais naufragar.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Os desejos dos poetas

As pessoas sabem lá,
o que os poetas desejam!
Pensam que apenas pelejam
por entre sonhos e amarguras.

Os poetas desejam viver.
Os poetas desejam sentir.
Os poetas desejam escrever.
Os poetas desejam sorrir.

As pessoas sabem lá,
o que os poetas desejam!
Pensam que apenas sentem
o que no papel despejam.

Os poetas desejam amar.
Os poetas desejam escutar.
Os poetas desejam observar.
Os poetas desejam abraçar.

As pessoas sabem lá,
o que os poetas desejam!
Pensam que apenas escrevem
umas palavras sem sentido.

Os poetas desejam ser ouvidos.
Os poetas desejam ser lidos.
Os poetas desejam a união
daqueles que não sabem
quem eles realmente são!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Vinte anos de escrita, reconhecida há apenas três.

Sempre gostei de escrever. Desde pequena que vivo rodeada de livros, cadernos, canetas e todo o tipo de material de expressão plástica, como tintas e pincéis. As artes, a cultura e a literatura caminham lado a lado comigo desde que me lembro. Faz precisamente vinte anos que criei este gosto, esta paixão de vida. Durante anos vivi este sonho camuflada por outras coisas. As pessoas não me conheciam, por isso, não podiam reconhecer o meu trabalho. De vez em quando mostrava à minha família ou a alguns amigos aquilo que escrevia. Eles diziam: "Muito bem!!!" E não acontecia mais nada. Andava nos escombros de um sonho, perdida nos mares da escrita, despejava versos a torto e a direito como consolo, da minha vida anónima, porém feliz. Estreei-me nos diários, passei pela poesia, escrevi algumas aventuras que se foram perdendo no tempo. Aventuras que ninguém chegou a ler, porque as destruí achando que não valiam nada. Outras, foram parar ao lixo nem sei como. Talvez por ter o hábito de espalhar papeis pelo quarto cheios de gatafunhos. A minha mãe queria tudo arrumado e acabava por deitar fora autênticas obras de arte sem reparar nisso. Eu às vezes dava por falta, mas voltava a escrever tudo outra vez. Claro que ao escrever novamente a mesma coisa, perde-se a verdadeira essência. A história muda transformando-se numa outra coisa qualquer. Quando saí de casa aos 20 anos de idade, acabei por perder alguns manuscritos que guardava religiosamente. Tive muita pena, porque nessa altura já achava que estava perante eternas relíquias que não queria perder. Os anos passaram e a vontade de ser reconhecida por esta arte continuava a martelar-me o espírito. Até que abertas as portas das novas tecnologias atirei-me de cabeça para aquilo que viria a ser um projecto a longo prazo. Em Abril de 2011 nascia uma Rainha que não tinha sono e foi ela que me deu a ideia que se prolongou até hoje. A Rainha das Insónias têm-me dado muitas alegrias. Foi a forma que eu encontrei para mostrar a minha escrita ao mundo. Por causa dela conheci pessoas extraordinárias de talentos únicos! Além disso, a gestão diária das redes-sociais tem da mesma forma possibilitado travar conhecimento e fazer amizades com pessoas das áreas com as quais tenho maior afinidade. Há 3 anos que faço este trabalho. Não o faço por achar que vou ficar rica. Faço-o porque amo aquilo que faço. Adoro escrever, adoro ler, adoro sonhar, adoro conhecer pessoas das artes, da cultura ou da literatura. É por isso que continuarei a escrever. Porque é o meu propósito de vida. Sei que nasci para, com as minhas palavras, fazer a diferença na vida de alguém. Como todos sabem, além do meu blogue, também escrevo para outros sites e blogues, já participei em duas colectâneas de poesia e estou muitas vezes presente em eventos culturais. No entanto, por falta de recursos financeiros, ainda não foi possível editar os meus livros que estão de momento pendentes. Isso é que me deixa triste. Mas um dia eu vou conseguir! Disso não tenho a menor dúvida. Na altura certa eles sairão cá para fora e farão de mim a pessoa mais feliz deste mundo. Gosto de pensar que ainda não aconteceu porque há, de facto um tempo certo para tudo. Enquanto espero, aperfeiçoo o dom que me foi dado à nascença. Vou, com certeza, continuar a lutar por dias melhores.  

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

"Deixa-me amar-te", de Rúben Correia. - Epílogo



Foi a caminho da minha Cidade que li todo o enredo. Saboreei cada página a cada solavanco do Autocarro. Ao entrar no Metropolitano já ia a meio do livro tentando imaginar o fim. Devorava cada palavra desta novela onde os personagens falam de amor. E porque o amor não é linear, nem igual para todos, li com toda a atenção sobre as diferenças amorosas dos jovens personagens desta história.
  
Rúben escreve com o coração e ao coração dos leitores mesmo sendo bastante jovem. E tal como um Eça de Queirós ou um Camilo Castelo Branco, explanou o assunto do amor numa novela amorosa dos nossos dias. O interessante não foi o facto de o ter feito, mas a forma como o fez. 

Como leitora, gosto de me sentir dentro da história, viver e sentir o mundo dos personagens. Gosto de ler sobretudo livros que me levem para longe fazendo-me sonhar, fazendo-me esquecer por momentos onde estou e porque estou ali. Rúben conseguiu fazer isso. Deixei-me levar pela história e esqueci-me do resto. Cada página que virava, um suspiro eu lançava. Era imensa a vontade de continuar a ler! Até que findo o meu percurso, cheguei ao fim do livro com a sensação de ter lido um clássico de outros tempos. Foi como se uma brecha no tempo se abrisse enquanto me embrenhava na leitura. Quando terminei, tive vontade de repetir. Tive, de facto, vontade de ler tudo outra vez! E foi o que fiz, no regresso a casa. 

Esta, não é uma história de amor tipo conto de fadas. Não há príncipe, nem princesa, nem amor eterno. No entanto, fascinou-me o facto de me sentir dentro da história, tornando-a quase real. O fim poderia ter sido: E viveram felizes para sempre... Mas será que o amor é sempre assim? Poderá a felicidade no amor durar a vida inteira? Quem me dera que assim fosse, ou não fosse eu uma eterna sonhadora!

Sonho - Acróstico II

Sonhar faz parte da vida.
O sonhador é deveras feliz.
Não há nada que entristeça,
Hoje, amanhã ou depois
O nobre coração sonhador!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Festival da Sopa em Caneças

Queridos leitores e amigos da Rainha, como sabem, ontem, dia 14 de Setembro de 2014, foi o dia do meu aniversário. Passei este dia a descansar e a reflectir sobre a minha vida. No fim do dia é que decidi sair e fui mesmo sozinha até ao largo da Vila de Caneças para o Festival da Sopa que se realiza todos os anos por esta altura para assinalar a existência da Vila. 

Para quem não sabe, Caneças situa-se nos arredores da cidade de Lisboa e é lá que eu vivo desde os 6 anos de idade. Lugar de gente simples e de uma extraordinária história que contarei um dia.

O festival não podia ter corrido melhor. Estavam lá dois fadistas que eu não conhecia. A mais conhecida destas andanças chama-se Maria Mendes. Foi um espectáculo que me deu imenso prazer ao assistir. Abaixo podem ver algumas imagens do evento, que consegui captar. Nem todas ficaram perfeitas, visto ser um pouco difícil fotografar à noite. Mas de uma coisa estou certa: Valeu a pena lá ir!








domingo, 14 de setembro de 2014

Compromisso Literário!


Queridos leitores e amigos da Rainha, digam olá ao mais recente livro da minha estante. "Deixa-me Amar-te" trata-se de uma novela romântica escrita por um jovem escritor. 

Rúben Correia, natural dos Açores tem apenas 17 anos, mas com um talento e uma maturidade que se vê a olho nu. Ontem, dia 13 de Setembro, fui à apresentação do seu novo livro. Não resisti ao chamamento das letras e acorri ao compromisso literário de o comprar e de o ler assim que possível.

O tema do amor tem muito que se lhe diga, por isso vou ler com toda a atenção o que o autor quer por sua vez transmitir. Depois de o ler até ao fim farei uma pequena resenha para dar a minha opinião pessoal sobre a leitura do mesmo.