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sexta-feira, 28 de março de 2014

Madrugada fria.

Hoje troquei as habituais insónias
pela vontade de me levantar cedo.
Vim para Lisboa para ver o sol.

No entanto, por mais que procurasse,
não encontrei um pouco que restasse.
Talvez mais tarde tenha mais sorte.

Está um frio de rachar
nem os casacos agasalham.
Nesta madrugada fria
ficaram os ventos que restavam.

Gelada, fiz-me forte
e aguentei o mais que pude
na estação de entre-campos
entretive-me a escrever.

Ai quem me dera ver o sol.
Vê-lo dar-me-ia muito prazer.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Um banho diferente.

Olhei pela janela do meu quarto
e vislumbrei densas nuvens
não me apercebi do aparato
que se formava no céu.

Estava mais frio, é verdade.
E o sol aparecia tímido
mas daí a haver tempestade...
Pensava eu que era normal.

Preparei-me para sair.
O sol desaparecera
mas eu nem percebi
que o céu escurecera.

Atrevida, saí à rua
sem saber o que esperar.
Foi então que uma tempestade
despontou logo no ar.

Apanhei uma carga de água
mesmo antes de chegar a Lisboa.
Mas que chuva danada!
Tomei um banho na rua.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

terça-feira, 25 de março de 2014

A Tela de Margarida

Queridos leitores e amigos da Rainha, quero partilhar convosco este momento de arte que me enternece a alma.

A minha amiga e Pintora Margarida Castro partilhou a sua foto no Facebook e eu não resisti a pedir-lhe permissão para publicar aqui no blogue. Ideia aceite, fiz as honras da casa e aqui está. O que acham do resultado? Digam de vossa justiça!

Para reflectir...

Encontro-me algures por aí para me encontrar. As respostas que eu procuro sei que só as encontro dentro de mim. Mas até as descobrir tenho uma longa caminhada para fazer. Nunca sabemos quando é que os ventos vão mudar. E nunca estamos verdadeiramente preparados para a mudança. Só nos apercebemos disso quando estamos no limite de alguma situação menos agradável. Situação essa que aos poucos vai moendo a nossa paciência, até que descobrimos por fim aquilo que temos de fazer. Trata-se de uma jornada, nada fácil de fazer. O medo da mudança costuma estar presente das mais diversas maneiras e por essa razão, nem sempre vemos o que é demasiado óbvio. Aprendemos com os erros dos outros, mas também com os nossos. Aliás, estes últimos é que sustentam uma vontade inata de mudança. Porque nos tocam, porque sentimos na pele, porque nos afectam directamente. Mas, para que demos a volta à situação que nos incomoda, temos de esvaziar a "chávena". Li num outro dia algo que me deixou a pensar. Acho que é bastante útil para quem está num impasse da vida. 

" Um Professor de filosofia foi ter com um Mestre zen e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o em silêncio e depois disse:
- Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.
O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enche-la. A chávena transbordou e o chá começou a cair do pires até que o seu visitante gritou:
- Pára. Não vês que o pires está cheio?
- É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta."

A vida é uma farsa - Poema reflexivo.

A vida é uma farsa.
Já dizia o Poeta.
E quem muito se massa,
depressa se enlaça
numa vida de treta.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Nunca te Distraias da Vida - Manuel Forjaz



Queridos leitores e amigos da Rainha, hoje passei pela Bertrand do Campo Pequeno e encontrei este livro. "Nunca te Distraias da vida" é um livro simplesmente fantástico! 

O autor, Manuel Forjaz, fala sobre a sua doença que quase lhe custou a vida. No entanto, a sua força e a sua coragem são determinantes para que a doença seja colocada em segundo plano. Nascido em Moçambique, Manuel Forjaz teve várias profissões. Foi Economista na Universidade Católica Portuguesa, trabalhou na área de Marketing da Empresa Lever, foi Director-Geral da Bertrand e CEO da Medipress, foi Empresário na oferta de serviços de cliente mistério, fez parte da associação Nacional de Empresários e esteve ligado ao empreendedorismo nessa mesma área. Em 2010 foi-lhe detectado um nódulo cancerígeno no pulmão e luta contra a doença desde essa altura. 

O que eu quero destacar neste livro não são as dificuldades e a tristeza que envolve esta desagradável situação. Mas sim, a forma como Manuel lida com isso. Manuel é uma pessoa naturalmente positiva. E isso, é meio caminho andado para conseguir vencer a doença. Esta é uma história de coragem e inspiração para todas as pessoas que estão desanimadas com a sua vida. Que estão depressivas com as dificuldades que têm. Este livro transmite uma sensação de esperança para aqueles que sofrem de alguma maneira, principalmente para aqueles que sofrem por questões de saúde. 

" Sei que tenho um Cancro e que um dia me vai vencer. Mas esse dia ainda não chegou e até lá tenciono continuar a aproveitar cada momento. Tive várias derrotas na minha vida, mas de todas as vezes caí de pé. É preciso nunca deixar de viver. A minha vida continua e continuarei a vive-la, todos os dias, sem nunca me distrair."
Palavras de Manuel Forjaz.

Já li um pouco do livro e tenho a certeza que rapidamente chegarei ao fim, com a certeza de que valeu a pena compra-lo. Recomendo!