Traduza para o seu idioma

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vinte anos de escrita, reconhecida há apenas três.

Sempre gostei de escrever. Desde pequena que vivo rodeada de livros, cadernos, canetas e todo o tipo de material de expressão plástica, como tintas e pincéis. As artes, a cultura e a literatura caminham lado a lado comigo desde que me lembro. Faz precisamente vinte anos que criei este gosto, esta paixão de vida. Durante anos vivi este sonho camuflada por outras coisas. As pessoas não me conheciam, por isso, não podiam reconhecer o meu trabalho. De vez em quando mostrava à minha família ou a alguns amigos aquilo que escrevia. Eles diziam: "Muito bem!!!" E não acontecia mais nada. Andava nos escombros de um sonho, perdida nos mares da escrita, despejava versos a torto e a direito como consolo, da minha vida anónima, porém feliz. Estreei-me nos diários, passei pela poesia, escrevi algumas aventuras que se foram perdendo no tempo. Aventuras que ninguém chegou a ler, porque as destruí achando que não valiam nada. Outras, foram parar ao lixo nem sei como. Talvez por ter o hábito de espalhar papeis pelo quarto cheios de gatafunhos. A minha mãe queria tudo arrumado e acabava por deitar fora autênticas obras de arte sem reparar nisso. Eu às vezes dava por falta, mas voltava a escrever tudo outra vez. Claro que ao escrever novamente a mesma coisa, perde-se a verdadeira essência. A história muda transformando-se numa outra coisa qualquer. Quando saí de casa aos 20 anos de idade, acabei por perder alguns manuscritos que guardava religiosamente. Tive muita pena, porque nessa altura já achava que estava perante eternas relíquias que não queria perder. Os anos passaram e a vontade de ser reconhecida por esta arte continuava a martelar-me o espírito. Até que abertas as portas das novas tecnologias atirei-me de cabeça para aquilo que viria a ser um projecto a longo prazo. Em Abril de 2011 nascia uma Rainha que não tinha sono e foi ela que me deu a ideia que se prolongou até hoje. A Rainha das Insónias têm-me dado muitas alegrias. Foi a forma que eu encontrei para mostrar a minha escrita ao mundo. Por causa dela conheci pessoas extraordinárias de talentos únicos! Além disso, a gestão diária das redes-sociais tem da mesma forma possibilitado travar conhecimento e fazer amizades com pessoas das áreas com as quais tenho maior afinidade. Há 3 anos que faço este trabalho. Não o faço por achar que vou ficar rica. Faço-o porque amo aquilo que faço. Adoro escrever, adoro ler, adoro sonhar, adoro conhecer pessoas das artes, da cultura ou da literatura. É por isso que continuarei a escrever. Porque é o meu propósito de vida. Sei que nasci para, com as minhas palavras, fazer a diferença na vida de alguém. Como todos sabem, além do meu blogue, também escrevo para outros sites e blogues, já participei em duas colectâneas de poesia e estou muitas vezes presente em eventos culturais. No entanto, por falta de recursos financeiros, ainda não foi possível editar os meus livros que estão de momento pendentes. Isso é que me deixa triste. Mas um dia eu vou conseguir! Disso não tenho a menor dúvida. Na altura certa eles sairão cá para fora e farão de mim a pessoa mais feliz deste mundo. Gosto de pensar que ainda não aconteceu porque há, de facto um tempo certo para tudo. Enquanto espero, aperfeiçoo o dom que me foi dado à nascença. Vou, com certeza, continuar a lutar por dias melhores.  

2 comentários:

Marina Maia disse...

Nunca deixes de acreditar, os nossos sonhos hão-de realizar-se, continua a acreditar neles, além de que tu mereces!
Beijinho

Jovita Capitão disse...

Obrigada Marina! :)
Beijinhos!