Contei os segundos
a cada veio de luz,
o caminho iluminado
no escuro me conduz.
As gotas de chuva
entoavam melodias.
Primeiro finas e curtas,
depois bem grossinhas.
Relâmpago vai,
o vento enrijou.
Relâmpago vem,
depois trovejou.
Mas eu não me movi
nem um milímetro sequer
com medo de sair
e levar com um raio qualquer.
Imóvel, apreciei fascinada
a minha cidade molhada
por aquela chuva faiscante
dava vontade de imaginar
cavalos a cavalgar
e livros de encantar
que tenho na minha estante.
Acordei do devaneio
quando a chuva parou
como que por um encanto
tudo o que vi cessou.
Mas que estranha tempestade
que de repente aparece
e de um momento para o outro
vai embora, desaparece.
Será apenas fruto
da minha imaginação?
Por acaso até não!
Jovita Capitão, Rainha das insónias
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