Apetece-me escrever.
Apetece-me desenhar as palavras
especialmente no dia de hoje.
Apetece-me abraçar a arte
e dizer que a sinto cá dentro.
Apetece-me felicitar todos aqueles
cuja arte das palavras lhes penetra na pele.
Apetece-me saborear cada letra como se fosse mel.
Apetece-me, apetece-me...
Oh! Quanto me apetece escrever coisas sem fim.
Como se não tivesse ninguém a olhar para mim.
Queria voar com as palavras, tal como elas fazem comigo.
Bailar numa brincadeira de crianças num abrigo.
Apetece-me chorar, rir, brincar, correr, saltar...
Apetece-me dizer que as palavras nasceram para ressaltar
a importância da vida, as belezas sem par,
os anseios, os recreios, as lições...
Apetece-me dizer à escrita que me rodeia
que me renova a cada dia, que me premeia
cada vez que a inspiração aparece.
Simplesmente a sociedade merece,
que a escrita seja eterna.
Pois, quem da escrita se veste
jamais se despe dos improvisos.
Apetece-me brincar com as palavras
como se ainda tivesse tempo de o fazer.
Apetece-me, apetece-me...
Tudo aquilo que me apetece está na arte de escrever!
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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