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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Uma barreira intransponível

Hoje fui de visita
às memórias de outrora
memórias intensas
que me fazem chorar.

As saudades da infância,
de me sentir protegida
uma altura em que sempre
me sentia muito querida.

Nessa altura tinha sonhos.
Para mim tudo era possível.
Agora sinto que há, por vezes,
uma barreira invisível.

Essa barreira horrenda
que não consigo transpôr
faz com que me sinta inferior.
Pois, tenho de conviver com a dor
de não estar sempre presente
com aqueles que mais amo
e que me faziam sentir gente
quando era pequenina.

É a minha triste sina.

Mas não os condeno.
amo-os mais que tudo
nesta vida de entulho.

Eles são a minha vida.

Jovita Capitão, Rainha das insónias.

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