É nevoeiro serrado
e nada vejo.
Sentimento carregado
no silêncio de um fardo.
Longe aquilo que desejo.
No labirinto da tormenta
a angústia fala mais alto.
O som da palavra está mudo
como as pedras do asfalto.
Quero pedir socorro
mas não sei como o fazer.
A quem me hei-de dirigir?
E quem me vai ouvir?
Neste nevoeiro serrado
não vejo vivalma.
Tudo o que me resta
é apenas minha calma
onde sobrevive minha alma.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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