Aproxima-se o fim de mais um ano. Em breve, as casas estarão novamente decoradas para o Natal e a azáfama das compras se tornará habitual. Depois, virá a outra festa com foguetes à mistura, champanhe, passas,... uma mesa farta para uns, apenas as estrelas, leite e uma torrada para outros. E assim que entrarmos no novo ano, os votos serão iguais aos do ano que passou. Mais saúde, amor e paz para toda a família, amigos, conhecidos e desconhecidos. E a pandemia? "Toda" a gente se esqueceu. Mas ela continua a desafiar a sanidade mental de toda a gente havendo resquícios de desconforto por parte de alguns, enquanto que outros se divertem como se não houvesse amanhã. Ah, o amanhã! Será que ele existe realmente, ou será apenas fantasia da nossa mente?
Queridos leitores e amigos da Rainha, a quem tem perguntado por mim posso dizer que vou vivendo um dia de cada vez. A consciência de que a vida é um sopro, fez-me ficar mais pensativa e no meu cantinho. No entanto, o facto de não aparecer por aqui não se deve só ao facto de estar mais triste. Estou a lutar pela sobrevivência e isso implica trabalhar. Por isso não tenho tido tanto tempo para escrever como gostaria. Mas a vida, como todos sabemos, é feita de fases. A fase que vivo agora, obriga-me a semear o que no futuro pretendo colher.
Hoje completa-se um mês desde que perdi o meu pai e as saudades apertam. 😢 Mas é assim que o quero recordar, com saúde, feliz e num barquinho, a navegar.
Queridos leitores e amigos da Rainha, faz hoje um mês desde que perdi a minha mãe. É assim que a quero recordar. Uma mulher activa, muito dedicada à família e resiliente nos momentos mais difíceis. Hoje, mesmo sentindo a tristeza da falta, também sinto gratidão por ter nascido nesta família e principalmente por ter esta senhora como minha mãe.
Mãezinha, fazes-me falta! 😢
Aproveitei um pouco de massa folhada que me tinha sobrado de outra receita e criei umas mini-tarteletes de maçã. Não sei se lhes posso realmente chamar assim (não parecem tartes), mas foi o nome que achei mais apropriado.
O primeiro passo foi estender a massa e cortar pequenos círculos com a ajuda de um copo. Nove círculos depois fiz quatro montinhos de massa de 3 círculos cada um. Em seguida cortei uma maçã e cobri o topo de cada montinho com 2 gomos polvilhando-os com canela. Por fim, levei os montinhos ao forno por 20 minutos por 180º.
Entretanto, com o resto da maçã fiz uma calda. Numa panela coloquei as maçãs, 2 colheres de sopa de açúcar amarelo, 1/2 copo de água e vinho do porto. Deixei ferver, deixei arrefecer e quando retirei as tarteletes do forno coloquei a calda por cima e os restantes gomos de maçã.
Quem nunca se aventurou a experimentar novas receitas que se acuse! 😋
Inóspito.
Sombrio.
Lugar ermo,
vazio.
O nada,
no todo.
O lodo.
A fraga.
Sentada,
abismada,
cansada,
sofrida.
Mais nada.
Perdida.
Com fome,
sem vida.
Que esta liberdade que nos falta, faça acordar a malta para uma vida de doação mais verdadeira, aquela que vem do coração. A derradeira libertação da solidão.
Acabei de assistir ao programa "Primeira Pessoa" apresentado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, na RTP1. Primeira Pessoa é um programa de entrevistas feitas a diversas personalidades da sociedade Portuguesa. O convidado de hoje foi o grande actor Português Ruy de Carvalho.
Através de uma simples conversa podemos conhecer o Homem por detrás da profissão. Podemos olha-lo nos olhos e entender o mundo através do seu pensamento crítico. Ruy de Carvalho é, sem dúvida, uma inspiração para mim, tanto pela sua simplicidade quanto pela sua sabedoria.
Gosto deste tipo de programas, onde a arte e a cultura são enaltecidas. Além disso, podemos reconhecer semelhanças entre nós e os entrevistados. São pessoas como nós, mas com muito para oferecer ao mundo através das suas experiências de vida.
Queridos leitores e amigos da Rainha, ontem tive oportunidade de ver um filme que retrata a história de vida do cantor e compositor Português António Joaquim Rodrigues Ribeiro, mais conhecido como António Variações. Pessoalmente, gostei do filme porque reforça a importância de se lutar por um sonho.
António era Barbeiro de profissão, mas amava a música. Desejava que as suas canções chegassem mais longe que ele. O que, de facto, conseguiu. Ainda hoje, Variações é recordado pelo seu estilo musical único. Decorria o ano 1983 quando gravou o seu primeiro álbum através dos Estúdios Valentim de Carvalho. Infelizmente faleceu cedo demais, em 1984.
Para mim, as suas letras fazem todo o sentido. Quem nunca disse " é para amanhã", adiando algo importante que era melhor realizar hoje? E "quando a cabeça não tem juízo", já sabemos o que acontece, "o corpo é que paga."
Era um artista incompreendido na época, mas um ícone da sociedade Portuguesa. A sua influência perdura até hoje. E muitos são os músicos que replicam as suas canções, para que não caiam no esquecimento, como é o caso da "Canção do Engate" ou de "Anjo da Guarda".
E se ele não tivesse lutado para concretizar o seu sonho? Conseguem perceber o talento que se perderia? Seria uma pena que tal acontecesse. Felizmente, aconteceu o contrário e muito podemos aprender com as suas letras e com a sua história.
O filme deu ontem à noite na RTP1, mas para quem não teve oportunidade de ver, também está disponível na RTP play. Recomendo!
O meu humor oscila entre a esperança e o desespero. Às vezes acordo e tenho a energia nos píncaros. Outras vezes acordo tão desanimada que não quero falar com ninguém. Se antes da Pandemia já tinha momentos assim, imagina agora que a incerteza faz as honras da casa.
Queridos leitores e amigos, este ano a Páscoa é mais contida, mas ainda assim quero desejar que a esperança se renove apesar dos contratempos da vida.
Haja saúde, o resto a gente resolve!
As pessoas esperam demasiado de mim. Querem que eu me adapte às suas crenças e valores. Mas esquecem que eu também existo e tenho as minhas próprias crenças e valores. Como se costuma dizer, cada qual puxa a brasa à sua sardinha. Eu, naturalmente, tenho as minhas ambições e estas, foram mudando com o passar do tempo. Já não me entusiasmo com qualquer elogio. Primeiro, analiso a fonte e só depois aceito o elogio como genuíno. Já não sou nenhuma criança, vou fazer 36 anos em Setembro. Tenho outras vontades no pensamento. Já conquistei uma série de coisas que o dinheiro não pode comprar, segui o script da sociedade (até determinado ponto) e tento permanecer fiel a mim mesma apesar do caos existente à minha volta. O caos existente é muitas vezes mental devido às inúmeras solicitações nas redes sociais. Silencio muitas vezes essas vozes para tomar decisões ou simplesmente para ter paz. Dizem que a solidão mata. Pois mata. Mas tentar agradar a todos, não é para mim.
Queridos leitores e amigos, hoje decidi fazer um bolo de maçã e canela. Nem imaginam o cheirinho que ficou na minha cozinha! Às vezes, faz-nos falta algo que nos aqueça o coração. E este bolo, cumpriu esse objectivo na perfeição.
Estava a correr para apanhar o comboio. Foi por um triz que me enfiei lá dentro, visto que o seu som estridente já anunciava o fecho de portas para seguir viagem. A viagem foi atribulada. Solavanco para cá, solavanco para lá, não conseguia segurar-me. Por sorte, consegui encostar-me a uma janela. Lá fora estava a chover e o vento rodopiava levantando no ar folhas secas e estranhamente, também pessoas. Tentei fechar a janela, sem sucesso. De repente, o chão começou a tremer e fiquei petrificada. Demorei a perceber que se tratava de um sismo. Fechei os olhos à espera que fosse um pesadelo e quando os abri estava na minha cama, coberta de suores frios, em plena escuridão. Mais descansada, virei-me para o outro lado e adormeci de novo. No entanto, aconteceu mesmo um sismo. Passavam trinta e cinco minutos da uma da manhã quando a terra tremeu, a 8km de Leiria. Foi um pequeno sismo de grau 3 na escala de Richter. A nossa mente é fantástica! Como é que é possível ter sonhado com algo que estava mesmo a acontecer?
Esta mousse leva apenas 3 ingredientes: 500g de morangos, 400g de natas (bem frias) e cerca de 80g de açúcar.
O primeiro passo é lavar os morangos e cortá-los aos bocadinhos.
Depois, num tacho coloca-se os morangos, 5 colheres de água fria, 50g de açúcar e leva-se ao lume em lume médio até formar um doce de morango.
Assim, que o doce estiver pronto, retira-se do lume e deixa-se arrefecer.
Quando estiver completamente frio, o que demora pelo menos 1 hora, batem-se as natas com 30g de açúcar.
Quando o chantili estiver pronto é só incorporar o doce de morango de forma a ficar tudo homogéneo.
Assim feito, é hora de colocar nas taças e esperar pelo menos duas horas antes de se deliciar com esta sobremesa. 😋
Dizem que hoje às 9:50h da manhã houve um sismo na zona de Lisboa. Eu não senti nada e ainda bem que não senti, senão ficaria em pânico. Mas os valores da escala preocupam-me: 3.4 na escala de Richter. Sempre que se fala em sismos ou terramotos imagino a aflição das pessoas que viveram em 1755 😱.
Quando as coisas já passaram e não fomos nós a sentir na pele a ameaça, há até um certo interesse e fascínio nas histórias que nos contam. No entanto, quem passa por situações inóspitas é que sabe realmente as dificuldades pelas quais passou.
Os Cientistas defendem que a Terra prepara-se para mais um sismo de dimensões abismais. Conheço pessoas que guardam religiosamente latas de conserva, bolachas e água para o caso de isso vir a acontecer. A questão é: haverá tempo sequer de pensar no que fazer? Já assisti a algumas simulações e li sobre o assunto. Na escola ensinaram-me o que se deve ou não fazer em caso de sismo, mas acredito que fica sempre aquém da realidade.
Quanto ao pequeno sismo de hoje, quem é que sentiu?
Hoje fiz esta massada de marisco e posso garantir que é mais fácil de fazer do que realmente parece. Os ingredientes principais são: macarrão e marisco. Quanto ao marisco, usei um preparado de 400g, já descongelado.
Comecei por fazer um refogado com azeite, cebola e alho picados, 1 cenoura cortada em pedaços pequenos, 2 tomates maduros cortados em cubos e aproveitei uns pimentos que estavam a estragar no frigorífico. Temperei com sal e pimenta e depois juntei o preparado de marisco, que deixei refogar mais um bocado juntamente com os legumes. Juntei um copo de vinho branco, deixei ferver mais uns minutos e juntei água ao tacho (a quantidade suficiente para um pacote de macarrão). Deixei ferver e coloquei a massa a cozer por 15 minutos.
De quando em vez, fui mexendo a massa, provando-a e quando percebi que estava no ponto, retirei-a da placa do fogão. O ideal é não deixar evaporar a água toda, já que a massada assim sabe melhor.
Espero que vos tenha inspirado. :)
O dia amanheceu lindo. Lá fora os pássaros cantavam nas árvores. Fiquei a vê-los brincar enquanto bebericava uma chávena de café quente. «Um dia destes serei eu a voar.» - Pensei. E fiquei enternecida quando um passarinho voou na minha direcção. Sem medo, olhou para mim e confirmou o meu pensamento. - É primavera! - dizia ele em "passarez". - Vais poder voltar à rua outra vez!
Queridos leitores e amigos da Rainha, ontem vi o festival da canção do princípio ao fim e posso dizer que o resultado final foi agridoce.
Foi "agri" porque o vencedor do concurso, Pedro Tatanka, da banda The Black Mamba, é Português, mas cantou na língua Inglesa. Apesar de ser uma bonita canção," Love in on my side" não nos representa enquanto povo. No entanto, também foi "doce" porque lá fora, sendo o Inglês uma língua universal tem grandes hipóteses de vencer.
Apesar de tudo, foi uma grande noite e gostei especialmente de ouvir a Valéria com o tema: "Na mais profunda Saudade". Esta, era a música que eu gostava mesmo que tivesse ganho. Infelizmente, nem toda a gente dá valor ao fado.
Por falar em fado, foi feita uma sentida homenagem ao grande Carlos do Carmo que nos deixou no início do ano e também foram relembrados alguns temas de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Zeca Afonso.
Resta-nos agora conformar-nos com o resultado e torcer para que Portugal seja o próximo anfitrião do Festival Eurovisão da canção, em 2022.
Queridos leitores, hoje decidi fazer uma das minhas receitas preferidas, o famoso Bacalhau à Brás.
Para fazerem esta receita precisam de reunir todos os ingredientes primeiro. E eles são: 500 gramas de bacalhau desfiado (previamente cozido), 300 gramas de batata palha, 1 dente de alho picado, 1 cebola às rodelas, azeite q.b., salsa q.b., azeitonas q.b. e 3 ovos batidos.
O primeiro passo é refogar a cebola e o alho. Depois, sem parar de mexer, junta-se o bacalhau, de seguida as batatas, e finalmente os ovos. Decora-se com azeitonas e salsa.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
Queridos leitores e amigos da Rainha, este é o resultado do 1º Concurso de Crónicas da associação Internacional União Cultural. O primeiro lugar foi atribuído a Álvaro dos Reis, em Moçambique, com o tema: Aparição.
Eu tive o privilégio de ficar entre as Menções Honrosas com a crónica: Confinamento.
Ei-la:
"Confinamento
Leiria, 11 de Janeiro de 2021.
Na próxima Quinta-feira
entramos em confinamento outra vez.
Ainda nem um ano fez e
voltamos a fechar as portas do comércio, as portas da rua e talvez alguns
também acabem por fechar as portas do coração.
Estamos em plena Pandemia
sanitária, económica e social, não só em Portugal, mas também no resto do
mundo.
De pouco nos serve fazer
planos para o futuro. Pois, não sabemos, de facto, como este se afirmará sendo
que um insolente vírus tomou posse da Terra, não tendo data nem hora para se
retirar.
Desta vez os números são mais
graves e não há outra alternativa senão fechar tudo outra vez, de modo a deixar
“o bicho” do lado de fora.
Lá fora era onde eu queria
estar, se pudesse. Ver outra vez o mar, nem que fosse por uma última vez. Olhar
a lua e as estrelas e voltar a acreditar nos meus sonhos.
Jovita Capitão."
Quando a arte e a culinária se juntam o resultado só pode ser bom. Estive a fazer crepes e o último saiu assim: em forma de elefante.
Não sei se tem algum significado especial ou não, mas fiquei feliz porque apesar do caos ainda existem motivos para sorrir.
A minha mousse já é conhecida, a única diferença é que coloquei raspas de chocolate para decorar a sobremesa. A receita encontra-se no link abaixo, aqui no blog. :) Espero que gostem!
http://rainhadasinsonias.blogspot.com/2011/04/receita-de-mousse-de-chocolate.html
Queridos leitores e amigos da Rainha, como é que estão? Eu estou bem, na medida do possível. Uns dias mais triste, outros mais confiante. Dedico-me diariamente às tarefas domésticas e por isso a cozinha tem sido o local onde passo mais tempo. Preparo o almoço, o jantar, a sobremesa e por vezes a ceia antes de dormir. Os dias passam todos iguais, quase sem novidades e com aquela sensação de que estou parada no tempo.
Este segundo confinamento veio mostrar ainda mais as fragilidades da nossa sociedade. Mas há sempre uma réstia de esperança, não é verdade?
