Todos ambicionamos ter liberdade para fazer aquilo que gostamos. Uns de uma maneira, outros de outra, procuramos situações que nos possibilitem aproveitar o tempo da melhor forma. Para algumas pessoas, ter liberdade significa ter mais tempo para estar com os filhos. Para outras, liberdade é poder dizer aquilo que lhe apetece. Ainda outras entendem que liberdade é concretizar um sonho. Cada um de nós encontra os seus motivos pessoais para definir onde está a sua liberdade. Mas quanto custa a liberdade?
Esta questão é bastante controversa. Nem todo o tipo de liberdade é benéfica para nós. No entanto, e porque estamos num mês em que se fala tanto de Liberdade, é bom tentarmos perceber o que é que ela significa para cada um de nós e quanto é que ela custa em termos de sacrifícios pessoais.
Para mim, a liberdade é ser independente, fazer aquilo que gosto e não me preocupar com dinheiro, horários ou patrões. Detesto ter de fazer o que os outros pensam que é melhor para mim. O que é bom para mim, pode não ser o ideal para outra pessoa.
Acima de tudo, liberdade é respeito. Respeito por aquilo que sou, ou que somos. Respeito pela minha essência, ou respeito pela essência do outro. É saber pensar com a minha própria cabeça, mas ter consciência e que o outro também tem as suas próprias ideias. Acho que as ideias podem e devem ser trocadas, nunca visando aprisionar a ideia que o outro tem.
Mas, quanto custa a liberdade? A liberdade pode custar muito. Em que sentido? Se eu quiser ter liberdade financeira, eu tenho de sacrificar o meu tempo para me dedicar a algo que me possibilite isso. Por outro lado, se a escrita for mais importante para mim do que o dinheiro, tenho de sacrificar o orçamento para poder ter mais tempo para escrever.
A vida é um jogo de decisões que podem afectar a nossa liberdade. Por isso, a liberdade custa aquilo que nós quisermos. Somos nós que definimos aquilo que queremos e como queremos que a nossa liberdade seja. Os outros, podem sempre querer fazer-nos pensar que temos de fazer isto, ou temos de fazer aquilo porque a sociedade assim nos impõe. Mas a realidade é precisamente o contrário. Ou damos a liberdade de decisão aos outros, ou decidimos nós aquilo que queremos ser.