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sábado, 11 de outubro de 2014

Fui apanhada!...Na exposição de pintura do artista António Sem.


Queridos leitores e amigos da Rainha, descobri que, por ocasião da visita à Exposição do pintor António Sem, fui apanhada a contemplar uma das suas obras de arte de alguma forma hipnotizada, pelo estilo e por cada traço que resplandece na própria tela.

O fotógrafo apanhou-me desprevenida e apareço no lado direito da imagem. De camisola branca, calças verdes e cabelo comprido e solto, lá estou eu a olhar fixamente para o quadro como se fosse um caso de amor à primeira vista.

A exposição está patente no Museu Militar de Lisboa até dia 16 de Outubro. Vale a pena visitar!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Visita ao Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo

Queridos leitores e amigos da Rainha, hoje visitei o Mosteiro de Odivelas, ou seja, o Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo, mandado construir pelo próprio Rei D. Dinis, que, segundo a história, foi o sexto Rei de Portugal.

De estilo Gótico e Manuelino, o Mosteiro de Odivelas é imponente, visto de fora. É belíssima a combinação destes dois estilos! Esta dualidade estilística deveu-se ao Terramoto de 1755 que destruiu uma parte do Mosteiro. Logo após a catástrofe, o monumento, foi reconstruído.

Comecei por visitar a sala da Rainha Isabel de Aragão (Rainha Santa Isabel), depois passamos à cozinha cujos azulejos são interessantes, pois os motivos não se interligam entre si. 

Naquela época, quando um azulejo de cozinha se partia, era prontamente substituído por outro e nem se percebia que era outro que tomava o seu lugar. Os motivos escolhidos eram alusivos aos descobrimentos ou alusivos à vida no campo, o que é bastante compreensível, dado que o Rei D. Dinis é também conhecido como o Rei Lavrador (daí os azulejos com arados e carroças), além de que naquele tempo vivia-se na maravilhosa Era dos descobrimentos ( daí os azulejos com caravelas ou motivos da Realeza). 

Ainda na cozinha existe um sistema de canalização, demasiado avançado para a época. D. Dinis, como Rei inteligente que era, muniu todo o Mosteiro com uma rede de água potável e com uma rede de água menos interessante para ingerir. É ainda importante referir que era nesta cozinha que as freiras confeccionavam toda a doçaria, inclusive a famosa Marmelada Branca, de Odivelas.

Depois da cozinha passamos ao claustro. Um belo claustro de estilo Manuelino, visto que devido ao terramoto muito do que havia neste edifício desmoronou. O claustro, assim como a igreja, sofreram modificações. 

Outra coisa que me impressionou foi a quantidade de túmulos que existem debaixo dos pés de quem visita o Mosteiro. O chão de pedra, contém inúmeras inscrições sobre as freiras que ali viveram até ao fim dos seus dias, sendo sepultadas naquele lugar. Em silêncio caminhei sobre elas, sem proferir palavra. Quantas vidas por ali passaram! 

Também vi a sala de refeitório que também serve de sala de convívio para o instituto de Odivelas. Nesta sala, o tecto é magnífico! Este, é todo pintado com cenas da Bíblia. Seria, com certeza, o local onde as freiras tomavam as suas refeições.

A igreja, como já tinha referido tem dois estilos distintos. O estilo Gótico e o estilo Manuelino que foi construído depois. É neste espaço que está o túmulo do Rei e, como  muitos defendem, o túmulo da sua filha bastarda. É na igreja que termina a visita. O espaço é interessante. Grotesco, mas interessante e imponente. Diferente daquilo a que estamos acostumados.

Queridos leitores, abaixo deixo-vos algumas imagens desta visita. algumas das imagens ficaram escuras por causa da fraca luminosidade, mas mesmo assim decidi posta-las. Espero que gostem!














Centenário da Rainha - 100.000 visitas alcançadas

Queridos leitores e amigos da Rainha, hoje o blogue alcançou as 100 mil visitas desde o início até agora. 

Posso dizer-vos que a Rainha das Insónias tem visitas do mundo inteiro, sendo as principais de Países como: EUA, Portugal, Brasil e Rússia, Alemanha e China.

A Rainha tem crescido nos últimos anos como uma referência para a Cultura, a Literatura e as Artes. E continuará a sê-lo ainda mais, após esta etapa alcançada. 

Há três anos e meio atrás, nunca imaginaria chegar até aqui. Estou muito grata a todos os visitantes que por aqui já passaram e continuam a passar todos os dias. Muito obrigada a todos!!!

Viajar pelos sentidos

Nunca saio de casa sem o meu caderno, salvo raras excepções. Por hábito, nas minhas viagens para a Capital Portuguesa, dedico-me à escrita. Escrevo o que me vai na alma, o que for relevante para esse dia. Considero importante este relevo imediato, este sentir que relato. A escrita lapida lentamente a minha mente qual diamante em bruto. Ao partir, procuro pormenores da vida quotidiana, quer seja minha quer seja das pessoas à minha volta. Acho graça aos olhares indiscretos que pairam sobre mim numa curiosidade tão desconcertante que me desconcentra. Olho em redor, observo a rua lá fora, a paisagem,... sinto o ambiente e retorno ao meu caderno com mãos de vidente, mãos de veludo, mãos de ironia, mãos de sabedoria, mãos de amor. Nada fica por contar. Nestes momentos surgem indagações sobre a vida, sobre o futuro, sobre mim, sobre os outros. A escrita flui com um fio condutor que só acaba perto do destino. Ao longo do meu percurso vou empenhada na minha tarefa e alheada do mundo real penetro no mundo da fantasia. Realço os personagens com os retratos que permanecem à minha volta. Retratos de um mundo normal,... ou talvez não. Cada rosto conta uma história. Basta apenas tentar imagina-la através dos sentidos. Um mendigo que pede esmola, que talvez até seja Professor, uma criança chorosa que não imagina o bem que tem por ter nascido em "berço de ouro", uma mulher quase reformada que não sabe qual será o seu futuro amanhã, um estudante que só pensa em emigrar, um senhor reformado, com ar pachorrento, a ler no jornal diário sobre o último jogo de futebol, um estrangeiro que se entretém a ler o roteiro de Lisboa, para saber a estação exacta onde tem de sair. Todos os rostos contam histórias e não são poucas! Cada vez que entro no autocarro ou no Metropolitano, deixo-me levar pela força das palavras. Gosto de viajar por outros mundos e outros saberes através dos meus próprios sentidos. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Os Elitistas

Fazem de conta que são alguém.
Fazem-se grandes e olham com desdém,
os pequenos que os observam.

Apenas o título trazem consigo.
Sisudos. E mais não digo.
São esferas de um diamante perdido.

Retrato de uma sociedade
repleta de elitistas!
É assim que vejo o mundo
de alguns cidadãos artistas.

Há excepções, com certeza!
E ainda bem que assim é.
Senão, no dia-a-dia
ninguém andaria a pé!

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

Exposição - Sem os Limites que o tempo impõe


Queridos leitores e amigos da Rainha. Mais uma vez tentei dormir, mas não estava a conseguir. A chuva forte que paira lá fora, num pingar quase aflitivo deixa-me alerta a cada respingar no chão do quintal. Assim, acabei por fazer o "esforço" e levantei-me com algo em mente: Escrever. Só que a inspiração não anda muito famosa nestes dias. Por isso decidi ir por outro caminho. Já que, acabei por falar com um amigo ligado às Artes, lembrei-me de falar sobre esta exposição.

O convite do meu amigo e Escritor, Fernando Alagoa, foi prontamente aceite e amanhã, estarei então, no Museu Militar de Lisboa, em frente à estação de Santa Apolónia, por volta das 18,30h.

Pode ser que a inspiração apareça por lá e me arrebate para um mundo repleto de possibilidades únicas. Assim, eu espero!

Inspiração, por onde andas?

Hoje, por mais que me esforce não encontro a inspiração. Por onde ela andará? Correrá ela pelos campos fora à minha procura? Será que foi até à praia? Ou ensaia melodias debaixo da chuva que ouço lá fora?

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Privilégios!

É um privilégio
saber quem sou
e para onde vou.

É um privilégio
ter o reconhecimento
daquilo que sinto cá dentro.

É um privilégio
ouvir o som da chuva
numa noite fria.

É um privilégio
poder adormecer com a lua
acordar com o sol
e poder sair para a rua.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Primeiro Festival da Marmelada Branca de Odivelas

Imagem retirada da Internet

Queridos leitores e amigos da Rainha, no próximo fim-de-semana, dias 10, 11 e 12 de Outubro, vai realizar-se o primeiro Festival da Marmelada Branca de Odivelas, junto ao Mosteiro de S. Dinis em Odivelas. A famosa Marmelada Branca é um doce único no mundo e típica deste lugar.

O Mosteiro de S. Dinis, foi mandado construir pelo Rei D. Dinis e foi erigido no ano 1295. Muitos segredos guarda este Mosteiro! Os Templários, a filha ilegítima do Rei, as modificações do edifício devido ao Terramoto de 1755, o segredo da Marmelada Branca... muitas são as lendas e as tradições há muito esquecidas que habitam este sereno lugar.

Como Portuguesa que sou, gosto bastante desta época da história. Reis e Rainhas, Príncipes e Princesas!... Ou não fosse eu também Rainha (das Insónias). Gosto especialmente do Rei D. Dinis, pela importância que teve para a Literatura e Cultura, Portuguesas. Era o Rei Trovador, o Rei Poeta. Muitas foram as Cantigas de Amor, as Cantigas de Amigo e as Cantigas de Escárnio e de mal-dizer, que ele próprio escreveu e muitos foram os livros que traduziu para um Português arcaico, bastante avançado para a época.

Não sei se é a aura de mistério que me fascina, mas a verdade é que não consigo ficar indiferente. Por isso, estarei com certeza presente neste espaço num destes dias para apreciar os doces conventuais e ao mesmo tempo viajar uns séculos atrás, através da visita ao Mosteiro.

domingo, 5 de outubro de 2014

Os Mostrengos da Rainha

Percorro o caminho
como um espadachim.
Utilizo a minha escrita
como forma de luta.

Muitos poucos sabem
o que a escrita é para mim.
Apesar dos Mostrengos
se encontrarem à escuta.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.