Estava eu cercada
por uma rede invisível
completamente paralisada.
Sair parecia impossível.
por uma rede invisível
completamente paralisada.
Sair parecia impossível.
Todas as noites espreitava
a luz brilhante da lua.
Via que ela iluminava
Toda a noite a minha rua.
Sonhava um dia voar.
Ir além corpo, além mar.
Sobrevoar um navio.
Ou talvez um simples rio.
Sonhava rolar pelos campos
sem ter medo de nada.
Sonhava andar de tamancos
só para rimar, mais nada.
Parecia que o sonho
se fechava por si só.
E eu prisioneira da mente
que vivia dando nó.
Parecia que nunca mais
a vida seria de outra forma.
Pensava nos demais.
Ser feliz devia ser a norma.
Foi quando como por magia
me vi livre de verdade.
Libertei tudo o que sentia.
Deixei ir toda a maldade.
Vi a luz do meio-dia
dar brilho a novos sonhos.
Comecei a vive-los no dia-a-dia.
Libertei-me de sonhos mornos.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.