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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Pesadelo

Numa noite
um vulto
abraçou-me 
na escuridão.
Não reconheci os braços
nem os traços
fiquei petrificada
e com razão.
Mal respirava
assustadíssima.
A sombra arfava
e me apertava
com cada vez mais força.
Imaginei-me a perder os sentidos.
Imaginei-me a desfazer-me em pó.
Qual seria o meu destino?
Morreria triste e só?
À beira de um ataque de nervos
resisti a tão negros pensamentos.
Quis gritar aos quatro ventos
mas as cordas vocais estavam presas.
Gritei o mais alto que consegui
mas som algum saiu da minha boca.
Um pensamento me afligiu
"Estarei a ficar louca?"
De repente acordei atarantada
afinal estava apenas a dormir
e fundo respirei
muito mais aliviada.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

3 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Nem sempre os sonhos são cor de rosa. Existem sonhos que até ficamos aborrecidos por acordar. Outros então, que alívio é acordar

Gostei muito de ler o encadeamento dos versos

Feliz fim de semana

Cidália Ferreira disse...

Nossaa isso foi um pesadelo, poético! Lool

Beijos. Boa noite.
Bom fim de semana!

Jovita Capitão disse...

Bom fim-de-semana, Ricardo e Cidália. :)