que devia olhar o céu.
Abri a janela de par-em-par
e lá fui eu, divagar.
Divaguei e naveguei
por entre as estrelas.
encontrei umas vermelhas
e outras amarelas.
Elas contaram-me um segredo.
Disseram que se eu
todas as noites
olhasse para elas
Teria a sorte de me tornar
mais brilhante do que elas.
Eu duvidei!
Como poderei eu
brilhar tanto ou mais que uma estrela?
A estrela maior
visitou-me por um instante
e segredou-me ao ouvido:
Pode um elefante ter um amigo?
Eu acenei que sim.
Cada vez mais baralhada.
Porque motivo a estrela
disse tamanho disparate?
Deve estar toda queimada!
Porém, algo mágico aconteceu.
Tanto olhei para a estrela
que ela desapareceu.
E agora?
Para onde foi ela?
Pensava aflita.
Vou fechar a janela!
E fechei.
E pensei.
E meditei.
E cheguei
a uma conclusão.
O que a estrela queria
era dar-me uma lição.
Nas entrelinhas do caderno
escrevi este poema
enquanto decifrava
o bendito dilema.
O elefante é robusto
mas pode brilhar.
Pois tudo tem encanto
no seu devido lugar.
Assim como ele
também posso brilhar.
Pois, sei que na escrita
vou sempre triunfar.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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