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segunda-feira, 23 de março de 2020

Bolacha Maria

Uma fome súbita
vinda não sei de onde
atacou-me esta noite.

Levantei-me de repente
e tive de dar algo ao dente.
Fui, portanto, directamente à fonte.

Abri o frigorífico
conferi o seu recheio
mas não encontrei o que queria.

Foi então que me lembrei:
- Ainda hoje não trinquei
uma bela bolacha Maria!

Se assim pensei, melhor o fiz.
E soube-me a um manjar dos deuses,
já que foi exactamente o que naquele momento quis.

E constatei enquanto a degustava,
que afinal o ser humano
não precisa de muito para ser feliz.

Jovita Capitão, Rainha das Insónias.

2 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Bolacha Maria, torrada. Sou uma viciada,já evito comprar
Adorei o poema.
-
Primavera assombrada...
-
Campos vazios em prosas floridas
Vai tudo ficar bem
Beijos e uma excelente tarde

Mila Noronha disse...

Gostei da sua poesia culinariana- rsrs. Adoro comer:)

Estamos aqui :) http://dizmecomochegasteaqui.blogspot.com/
Bj