Lá fora as gotas de chuva dançam
num ritmo acelerado e nem descansam.
Parecem ter energia para dar e vender.
E só vão parar quando lhes apetecer.
Que pena não terem aparecido mais cedo!
São elas que fazem a floresta crescer.
Assim não veríamos nos rostos o medo
de quem de repente ficou a perder.
Houve quem perdesse a casa
e os bens que nela havia.
Houve também quem a desgraça
levou pais, filhos, família...
Um rasto de destruição ficou.
Mas não será por muito tempo!
A terra tem vida e quem chorou
vai ter um dia o seu alento.
Que as gotas de chuva dancem.
Sim, que dancem demoradamente!
Para que renovem o coração da floresta
e que devolvam às pessoas o que lhes resta.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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