Escrevo sem pensar nas horas.
Aproveito o silêncio que se faz ouvir.
Primo pela cortesia imposta nas palavras
que neste livro se fazem admiráveis.
Apenas observo o que sou
num sussurro ardente e veloz.
Quando as palavras acabarem
o que será então de nós?
Não acabarão, decerto.
Haverá algures uma solução.
Mas as aspas da vida
um dia as silenciarão.
Pensarei nisso mais tarde!
Terminarei este poema primeiro.
Viverei uma vida regrada
e só depois serei tragada.
E então?
Pensaste que a vida era para sempre?
A vida, não. Só as palavras.
Elas permanecerão intocáveis.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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