O velho elevou a voz
gritou a plenos pulmões
o que me pareceu uma profecia
gravada em milhares de corações.
Sofria pela guerra do tempo.
O tempo que não permanece.
Já não se ilude com um bom momento
a menos que alguém pague, aquilo que ainda lhe deve.
A vida deu-lhe espinhos e não asas.
Queimou-lhe os pés, que agora se arrastam.
Onde paira a juventude, naquela casa?
Os bons momentos também passam.
Diz o velho que já foi feliz.
Quando a sua amada lhe olhava.
Agora já não lhe olha, mas ele gostava
do tempo em que era um aprendiz.
Diz a profecia da vida
que o tempo deve ser aproveitado.
Senão um dia a vida passa
e passa-se um mau bocado.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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