A história que eu quero contar
passou-se há muitos e muitos anos,
quando ainda era possível brincar
com os meus manos.
Certo dia ao levantar,
minha irmã colocou música.
Comecei logo a dançar
ao ritmo da hipotenusa.
Meu irmão veio espreitar
e aproveitou também.
Logo depois veio a minha mãe,
mandar arrumar tudo.
Contrafeitos,
paramos a brincadeira.
Que pena! Tinha dado uma trabalheira...
Meu pai então, ajudou
e outra ideia nos deu.
Que tal um piquenique?
Ena, mas que chique!
Pegamos então nas sandes
que a mãe nos deu.
O motor da carripana,
iniciou o seu roncar.
- Mano, Mana, ouviram o pai chamar?!
E naquela aventura pusemos-nos os 4 a andar.
- 5!- disse a mãe - Pouco depois de no carro entrar.
Cantarolando pelo caminho,
fomos dar a um moinho.
Naquela altura, ainda lá se fazia pão.
Era bom! O pai tinha razão!
Perto de um lugar chamado Mafra,
percorremos caminhos nas serras.
Subimos ladeiras às cegas
e brincamos nas adegas.
As três crianças que éramos,
deixaram saudades aos pais.
E a mim também.
Há coisas que não se esquecem.
A família é uma delas.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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