como um lobo enfurecido.
Ameaça transformar o espaço
num sorteio de umbigo.
A chuva é sua aliada
nesta dança suprema.
Parece conto de fada.
Talvez melhor do que Cinema.
É real.
Numa dança sensual
a chuva faz o seu papel.
E num gesto teatral
pendura o seu avental
num beiral qualquer.
Quem ousa desafia-la?
Não tento, nem por nada!
Prefiro como espectadora
assistir à demandada.
Pois ainda hoje
por descuido
ela me deixou encharcada.
E o vento
levou-me o chapéu,
pensando que era um véu.
Decidido, entregou à sua amada.
A chuva aceitou.
O vento a beijou.
E percorreram a estrada
como se não se passasse nada.
Mas quem os chama à razão?
Nem vale a pena dizer nada.
Amanhã já nem se lembram
daquilo que fizeram de madrugada!
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
2 comentários:
Que fofo! Achei lindo esse poema <3
Bjs
Se quiser fazer uma visita no meu blog, vou ficar feliz :)
http://chuvacobertaelivros.blogspot.com.br/2015/01/serie-jovens-escritores_31.html
Olá Ana Pinheiro. Muito obrigada pela visita e pelo comentário. Vou visitar o teu blogue, sim! Faço questão! ;) Beijinhos
Enviar um comentário