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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

"Deixa-me amar-te", de Rúben Correia. - Epílogo



Foi a caminho da minha Cidade que li todo o enredo. Saboreei cada página a cada solavanco do Autocarro. Ao entrar no Metropolitano já ia a meio do livro tentando imaginar o fim. Devorava cada palavra desta novela onde os personagens falam de amor. E porque o amor não é linear, nem igual para todos, li com toda a atenção sobre as diferenças amorosas dos jovens personagens desta história.
  
Rúben escreve com o coração e ao coração dos leitores mesmo sendo bastante jovem. E tal como um Eça de Queirós ou um Camilo Castelo Branco, explanou o assunto do amor numa novela amorosa dos nossos dias. O interessante não foi o facto de o ter feito, mas a forma como o fez. 

Como leitora, gosto de me sentir dentro da história, viver e sentir o mundo dos personagens. Gosto de ler sobretudo livros que me levem para longe fazendo-me sonhar, fazendo-me esquecer por momentos onde estou e porque estou ali. Rúben conseguiu fazer isso. Deixei-me levar pela história e esqueci-me do resto. Cada página que virava, um suspiro eu lançava. Era imensa a vontade de continuar a ler! Até que findo o meu percurso, cheguei ao fim do livro com a sensação de ter lido um clássico de outros tempos. Foi como se uma brecha no tempo se abrisse enquanto me embrenhava na leitura. Quando terminei, tive vontade de repetir. Tive, de facto, vontade de ler tudo outra vez! E foi o que fiz, no regresso a casa. 

Esta, não é uma história de amor tipo conto de fadas. Não há príncipe, nem princesa, nem amor eterno. No entanto, fascinou-me o facto de me sentir dentro da história, tornando-a quase real. O fim poderia ter sido: E viveram felizes para sempre... Mas será que o amor é sempre assim? Poderá a felicidade no amor durar a vida inteira? Quem me dera que assim fosse, ou não fosse eu uma eterna sonhadora!