A vida é uma caminhada solitária. Fazê-mo-la tropeçando em outras vidas, mas a história é sobre nós. Cada um de nós é uma fonte de desejos, uma fonte de virtudes e defeitos, uma fonte de valores, uma fonte de criatividade, uma fonte inesgotável de energia. No entanto, caminhamos como se precisássemos de uma bengala. Fazemos dos outros as nossas motivações e quantas vezes o nosso mundo cai porque as pessoas nos decepcionam. O que acontece logo após, às nossas motivações? Estas, também caem. Porquê? Porque não eram totalmente nossas. É certo que precisamos dos outros na nossa caminhada. É certo que temos o direito a viver de amor. É certo que somos seres sociais e que por isso contamos com os outros em algum momento da nossa vida. Mas fazer dos outros a nossa total motivação faz-nos viver uma vida de dependência. E onde fica a felicidade no meio de tudo isto? A resposta é óbvia: fica fechada numa gaveta. É difícil desapegarmos-nos daqueles que amamos. É difícil tomar um rumo diferente se amamos aqueles que se encontram num rumo oposto. A nossa cabeça quer seguir em frente mas o coração quer seguir o rumo inverso. Temos de ser capazes de nos desapegar de quando em vez. Amarmos mais a pessoa que reflecte no espelho. Amar todos os nossos traços significa caminhar de forma livre. Se não nos amarmos primeiro, como podemos amar os outros verdadeiramente? Estamos aqui, neste mundo, com algum propósito. Cada um de nós tem de descobrir qual é o seu.
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