Há uma linha que nos separa do tempo.
Há uma linha que se esconde no espaço.
Há uma linha ligada ao sentimento.
Há uma linha que nos causa embaraço.
Há uma linha que espera uma agulha.
Numa linha passa o comboio
Na linha anda o carro patrulha.
Na linha estão os meninos na escola.
Há uma linha que se desprende da viola.
Na linha do metro há gente que espera.
Na linha da vida há quem se desespera.
Na linha podemos correr cem metros.
Na linha cruzamos destinos.
Na linha comandam as dietas.
Na linha estamos mais finos.
Queria escrever este poema numa linha.
Mas as palavras escorregaram e cedi.
Esqueci-me de andar na linha
E o poema acabou assim!
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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