Mágicos lugares me iluminam,
influenciam o meu olhar,
contam histórias, rezam vidas
e obrigam-me a sonhar.
Histórias de amor,
factos reais.
Outras de terror,
fantasmas e coisas tais.
Que me arrepiam a pele
da cabeça aos pés.
E me fazem reflectir
antes de escrever.
Coisas inóspitas, interessantes.
Coisas de amores e amantes
que viveram noutra época.
Reis, Rainhas, Infantes...
Coisas de outros tempos tão distantes.
Mas que estão vivas na memória
daqueles que ainda se lembram
pessoas que presenciaram a história
e que fazem questão de contar.
Para que não se desvaneça a ideia
Para que não morra o olhar.
Para que aquilo que é contado
permaneça constante no ar.
É a neblina que passa,
que atravessa o momento.
Não há história com graça,
sem a magia do tempo.
Este efeito magnético
que nos liga ao transcendente,
faz-nos recuar no tempo
e desembrulha o sentimento
escondido nas brumas,
na alegria ou no sofrimento.
É o mistério que acalenta
a minha vontade de sonhar,
aquele suspense em câmara lenta
é tão difícil de suportar.
Mas é o mesmo que me agrada
numa bela noite de luar.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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