Cá dentro sinto a turbulência
e o anseio da descrença,
a vontade de pertença,
aquilo que se transforma
numa inútil sentença.
Tornei a fugir à revelia
em torno de algo que sentia,
para que talvez um dia
volte para junto de vós.
Depois de gritar a uma só voz
Aquilo que dói no dia-a-dia.
Sentença doce e fria.
Num contraste sensorial.
Num abismo prisional.
Que me acrescenta azia.
A azia deste dia,
que me tolda o pensamento.
Em que todo o sentimento
se despe de toda a magia
e se transforma em sofrimento.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
2 comentários:
Olá Amiga!
Poema pequeno mas de uma potencialidade fortíssima, por vezes o mais pequeno é o mais intenso mesmo quando falamos de Poesia.
Ás vezes em pouco se diz tanto e de forma tão sentida, quando li este teu poema senti o sabor de cada palavra tua cheguei mesmo a salivar a sério porque tive a sensação que comia realmente o que lia.
És de uma sensibilidade subtil mas ao mesmo tempo forte continua essas palavras tão belas,que remontam a meu ver para mundos de facto de Rainhas e Princesas.
Forte Beijinhos,
Carlos Cordoeiro.
Olá Carlos, agradeço a tua visita e o teu comentário. Surpreendi-me com o teu comentário devido ao facto de teres entendido a mensagem por detrás deste poema. Muito obrigada :) És sempre bem-vindo por aqui!
Beijinhos.
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