Encontro-me algures por aí para me encontrar. As respostas que eu procuro sei que só as encontro dentro de mim. Mas até as descobrir tenho uma longa caminhada para fazer. Nunca sabemos quando é que os ventos vão mudar. E nunca estamos verdadeiramente preparados para a mudança. Só nos apercebemos disso quando estamos no limite de alguma situação menos agradável. Situação essa que aos poucos vai moendo a nossa paciência, até que descobrimos por fim aquilo que temos de fazer. Trata-se de uma jornada, nada fácil de fazer. O medo da mudança costuma estar presente das mais diversas maneiras e por essa razão, nem sempre vemos o que é demasiado óbvio. Aprendemos com os erros dos outros, mas também com os nossos. Aliás, estes últimos é que sustentam uma vontade inata de mudança. Porque nos tocam, porque sentimos na pele, porque nos afectam directamente. Mas, para que demos a volta à situação que nos incomoda, temos de esvaziar a "chávena". Li num outro dia algo que me deixou a pensar. Acho que é bastante útil para quem está num impasse da vida.
" Um Professor de filosofia foi ter com um Mestre zen e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o em silêncio e depois disse:
- Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.
O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enche-la. A chávena transbordou e o chá começou a cair do pires até que o seu visitante gritou:
- Pára. Não vês que o pires está cheio?
- É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta."
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