No acto de poetizar
a poetiza não se esconde.
Liberta no seu olhar
uma ânsia de escrever
e simplesmente responde.
Pode, por ironia, responder
se o coração lhe impuser.
Mas pode deveras derreter
se «amor» alguém lhe der.
A poetisa da noite
rima pela noite fora.
Quer chova, quer não chova,
chovem palavras sem demora.
E a lua espreita
pela sua janela,
enquanto ela escreve
de forma Singela.
A poetiza da noite
não dorme se tiver que escrever.
Pois, sente cá dentro um impulso
que se propaga na ânsia de viver.
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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