No exército das formigas
não há espaço para a desordem,
dão as mãos muito unidas
enquanto esperam nova ordem.
A formiga chefe, menos em forma
não as pode acompanhar
pois delicia-se com um morango
que noutro dia mandou apanhar.
Pobre exército de formigas
tão magrinhas que dá dó.
A chefe come as grainhas
e as outras apenas pó.
-Está na hora da revolta!
Diz a formiga mais pequena.
Em sentido, dá meia-volta
e resolve o problema.
Dito isto, as outras a seguem,
e esta toma a liderança.
Enquanto a chefe se delicia
Esquecendo a balança.
Quando a comida acaba,
assustada chama as outras.
Mas o espaço vazio esmaga.
E o silêncio a vida apaga.
Onde estaria o exército?
As formigas esfomeadas
por tantos anos sem comer
regalaram-se no olival
até a barriga doer.
Quando a chefe viu tal aparato
Nem teve pernas para correr.
Pois uma bela barriga
prendia os pés da formiga.
Quem a mandou tanto comer?
Jovita Capitão, Rainha das Insónias.
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