Hoje estou assim. Numa tempestade neurológica da qual não sei mais
nada. Por vezes tento descobrir quem sou, o que quero, para onde me leva o
sonho do infinito mas não tenho resposta. Não tenho argumentos. E fico assim.
No silêncio da vida. Calada. Simplesmente sem voz. A língua entalada na
garganta não deixa sair som algum. Gostaria de dizer o que sinto. Mas não dá. Queria
dizer o que o meu coração pensa, mas não posso. Só a minha alma é que está por
dentro dos meus pensamentos mais ocultos. E agora, nas minhas veias vigora
apenas o silêncio. Não sou capaz de falar. Talvez um dia te diga o que tanto
gostaria de dizer. Talvez um dia a chuva te explique o porquê do meu silêncio.
Mas agora não. Não perguntes nada. Fica também no silêncio. Só assim podes
perceber o que me vai na alma. Só assim, no silêncio, podes salvar-me desta
tempestade neurológica de que tanto falo. Esta, que me tira a sanidade mental e
que faz de mim outra pessoa que não eu. Melhor pessoa? Talvez. Talvez um dia
saiba o que responder, talvez um dia seja mais fácil falar, talvez…quando? Talvez
um dia…
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